Saudade

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Final de ano chegando e a gente fica pensando em um monte de coisa que passou, no que deixou para trás.

O tempo, o ano, as experiências boas ou ruins… Tantas emoções vividas, confirmando mais uma vez que, de fato, somos mais emocionais do que racionais.

O ser humano vai se vinculando à coisas e pessoas que lhe trazem alegria e, quando vê, já está atrelado, já está ligado de alguma forma. É como se pensássemos de forma organizada na mente que sem o outro eu não consigo seguir ou minha vida deixa de ser alegre.

Desde o Gêneses, está registrado que não é bom que o homem esteja só. A solidão vem sendo tema comum e deixa marcas em nossa existência.

Inevitavelmente estamos dizendo adeus a algo ou a alguém. Frequentemente a ideia de levar um tempo sem contato com o outro ou passar muito tempo sem encontrá-lo move o coração do homem e da mulher a um tipo de sentimento muito comum, muito humano, chamado saudade.

Dizem que a saudade é o mais humano dos sentimentos.

O compositor brasileiro João Donato nos dá um exemplo de como fica nosso coração quando o inevitável adeus ocorre:

“Você entrou no trem / E eu na estação / Vendo um céu fugir / Também não dava mais / Para tentar lhe convencer de não partir… / E agora, tudo bem / Você partiu para ver outras paisagens / E o meu coração embora / Finja fazer mil viagens / Fica batendo parado naquela estação….”

Donato relata a sensação de quem fica, com o coração ainda vivo, batendo, mas como se estivesse parado de tristeza e saudade ao saber que o ser amado já não está por perto e, por vontade própria, foi embora.

Rubem Alves diz que “saudade é a nossa alma dizendo para onde ela quer voltar”. É como se toda a nossa emoção dissesse: eu poderia vender tudo o que tenho pois encontrei uma pedra preciosa e a quero para mim, como diz a história bíblica.

Tom Jobim e Vinícius de Moraes , na música Chega de Saudade, implora: “Vai minha tristeza e diz a ela que sem ela não pode ser / Diz-lhe numa prece / Que ela regresse porque eu não posso mais sofrer / Chega de saudade  /A realidade é que sem ela não há paz / Não há beleza / É só tristeza e a melancolia / Que não sai de mim, não sai de mim, não sai…”

Inúmeros artistas e pessoas comuns tentam, a seu modo, sobreviver a uma despedida. Lidar com a dor do adeus. Mesmo que esse adeus seja provisório ou definitivo.

Pessoas comuns, em todas as partes do mundo, quando vivem o momento da despedida sofrem a seu modo, cada qual com a bagagem emocional que recebeu de berço, que aprendeu, de alguma forma, com sua família ou com pessoas de seu convívio social.

Na canção intitulada “Um Lugar Vago na Mesa” o compositor cristão Gerson Borges retrata o sofrimento de um pai amoroso que, longe de seu filho, sofre a saudade de quem ama intensamente. O pai pede:

“Abra a janela pra mim, deixe esse pedaço amarelo / de tarde entrar,  antes que a noite me arraste, que a noite me afaste pra outro lugar, antes que o sono me falte, e a solidão me assalte. / Onde meu filho andará? Será que ele estará outra vez junto a mim?

Meu coração é de pai, meu coração não é pedra, é carne, é dor.  / Meu coração chora a ausência do filho querido que me abandonou. / Há um lugar vago na mesa que aumenta minha tristeza.  Onde meu filho andará?  Será que ele estará outra vez junto a mim?”

Parece que o maior desejo do coração humano seria o reencontro. Ver de novo aquela pessoa querida que há muito não vemos.

E isso se estende a lugares, coisas, tempos. Quem não sente saudade do cafezinho cm leite feito pela mãe à tardinha?

Quem não sente saudades daquela comidinha caseira? Outrora tão comum, tão humilde, mas qualquer sinal, qualquer cheiro que a relembre, nos traz uma dor, uma gostosa lembrança, talvez até um aperto no coração. E, sim, o que você está sentindo agora pode ser uma doce e inesquecível saudade do temperinho da mamãe.

Joel Birman, Psicoterapeuta brasileiro nos anima pontuando que  saudade pode até ser triste, mas é um sentimento positivo, que estimula a memória e a sensibilidade. Ele argumenta que “não dá para viver sem saudade. A saudade é inspiradora, criativa. Não podemos pensar que a saudade é um sentimento do mal. O sentimento complicado é a perda que vira depressão, melancolia, drama. Há uma dimensão alegre na saudade.”

Ainda para Birman: “Não dá para viver sem saudade. A saudade é inspiradora, criativa. Não podemos pensar que a saudade é um sentimento do mal. O sentimento complicado é a perda que vira depressão, melancolia, drama. Há uma dimensão alegre na saudade”,

Embora o afastamento de quem amamos possa provocar tristeza, nostalgia e angústia, geralmente quando matamos a saudade sentimos alegria. O reencontro é algo que afaga nossa alma e nos acolhe com alegria.

O sentimento e a possibilidade do reencontro tem o poder de nos trazer esperança e de reanimar nossa alma.

Podemos matar a saudade de várias formas. Revivendo na memória momentos alegres,  revendo fotos ou vídeos antigos, conversando sobre o assunto ou reencontrando a pessoa querida. Podemos revisitar lugares queridos.

Saudade não é só sentimento que dói. Posso usá-la como inspiração, como um motivo para prosseguir. De alguma forma, esse sentimento pode vir a meu favor para que eu crie uma doce e corajosa vontade de seguir. Depende do jeito que interpreto meu próprio sentimento.

 

E você? Do que tem saudade?

 

 

 

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Tristeza

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A musica Carolina do famoso compositor Chico Buarque nos chama a atenção pela marca de tristeza da moça. O poeta diz:

“Carolina, nos seus olhos fundos guarda tanta dor, a dor de todo esse mundo / Eu já lhe expliquei, que não vai dar, seu pranto não vai nada ajudar / Eu já convidei para dançar, é hora, já sei, de aproveitar / Lá fora, amor, uma rosa nasceu, todo mundo sambou, uma estrela caiu. / Eu bem que mostrei sorrindo, pela janela, ah que lindo  mas Carolina não viu… / Carolina, nos seus olhos tristes, guarda tanto amor, o amor que já não existe, / Eu bem que avisei, vai acabar, de tudo lhe dei para aceitar / Mil versos cantei pra lhe agradar, agora não sei como explicar / Lá fora, amor, uma rosa morreu, uma festa acabou, nosso barco partiu / Eu bem que mostrei a ela, o tempo passou na janela e só Carolina não viu.”

 

A letra retrata algo muito próximo aos sentimentos que visitam o coração da pessoa humana.  Eu falo de uma tristeza que aperta o peito, que mina nos olhos lágrimas, que revela uma insatisfação, um desânimo pelas coisas boas da vida.

 

Penso que um limite importante que devemos observar é que não há nada de errado em se estar triste uma vez que todas as emoções nos são possíveis. Gosto de pensar que todos nós somos humanos e, como seres humanos, não estamos imunes à emoções tristes.

 

No caso da Carolina, a gente pode perceber um desânimo, um chororô, uma certa nostalgia por um amor que “já não existe” mas ela insiste em não aceitar a dura realidade. O amor acabou e só lhe resta, sob seu ponto de vista, a dor.

 

Parece que ela se torna incapaz, por algum tempo, de ver que ainda há coisas e eventos agradáveis lá fora. Seu movimento interior é tão sofrido que ela não se permite olhar e ver que pela janela a vida segue seu rumo, sem parar. Lá dentro do coração, em seu eu interior, há vazio, solidão, sofrimento.

 

Tenho vontade de conversar e especialmente ouvir cada Carolina de minha geração.

 

Cada pessoa que sofre, que aprisionada em sua dor, entendeu que não há mais solução ou saída. Que não dá para levantar os olhos e ver, além da janela, as muitas possibilidades que ainda existem.

 

Lembro-me que Cristo fez ao cego uma estranha pergunta: O que queres que eu te faça? Ele, que era Senhor de todas as coisas, certamente sabia que o cego que queria ver. Como bom Pedagogo, Ele parece convidar o homem para um tipo de autoconhecimento que fizesse o homem saber o que desejava. Encontrar a palavra certa a ser dita e acessar a sua mais profunda e seria vontade: “Senhor, que eu veja!!!”

 

Entendo que “ver” aí está além de apenas usar as faculdades visuais e conseguir distinguir o azul do céu do verde das árvores.

 

O exercício de olhar, de ver, seguramente tem a ver com ter acesso às inúmeras possibilidades de trocar minha vida sem graça e sem cor por algo mais animado, agradável, vivo.

Lembro-me de Eduardo Galeano que narra a experiência do pequeno Diego que, pela primeira vez diante do mar, ficou “mudo de beleza e quando conseguiu finalmente falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai: me ajuda a olhar.”

E penso com alegria na banda Crombie, que canta “Se por acaso eu olhar pra trás / Que seja pra lembrar do que foi bom / Que seja pra nutrir a esperança que hoje mora em mim / Eu descobri o que me satisfaz / E que o tempo não desfaz / E se provar vai perceber a diferença no viver / De resto eu não me prendo / O meu fardo é leve. Ouvi dizer: / “A vida é breve e tudo vai passar” / Que eu saiba aproveitar!”

 

Ah, se eu pudesse encontrar cada Carolina que existe no coração de tantas pessoas sofridas no mundo. Depois de um bom tempo ouvindo relatar sua dor, eu lhe falaria:  Levanta da cama, ergue a cabeça, anima teu espírito, faz algo que te dê vida, abra seu coração para novas e boas oportunidades. Seja você mesma, respire. Aceite e perdoe sua história até hoje e, com um pincel colorido, escreva novas páginas com amor, força e coragem. Dê um novo significado a cada detalhe do que passou.

Seja autora de sua própria vida e viva! Viva intensamente. Sempre.

Quem sabe a gente conseguiria, assim, plantar uma semente de desejo de abrir um franco e largo sorriso nos lábios de cada gente que passar por nós…

Eterna juventude

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(Texto escrito há um ano e dez meses).

Encorajada pela Professora Adriana, também colunista daqui da Cotoxó, quero falar hoje sobre o Mito da Eterna Juventude.

Falávamos ontem à noite sobre a correria por ser jovem, por ser bonito. E ela, tão alegremente, alertava alguma coisa mais ou menos assim: “não retirem minhas rugas: gastei muito tempo para tê-las.”

Adriana é uma mulher saudável, bonita. Jovem, respeita seu corpo e, logicamente, faz quem está por perto se sentir igualmente aceito, bonito, reverenciado. Obrigada, minha doce e inteligente amiga!

Ela me trouxe a imagem de uma apresentadora de televisão que, juntamente com um jovem médico ‘marombado’ vendia indiscriminadamente a ideia de que fazer uma abdominoplastia era algo completamente simples e de efeito rápido.

Nossa leitura sobre a questão nos rendeu, quase que por livre associação, uma longa e deliciosa conversa sobre as imposições da mídia, a leitura passiva da sociedade sobre essas questões, a falta de posicionamento crítico do público sobre os riscos à saúde e à vida a que temos nos submetidos em nome de ser ‘bonito’ à qualquer preço.

Falamos de auto-estima. De gostar de si mesmo. De se aceitar. Das nossas próprias vaidades. De se respeitar… além de outras milhares de coisas.

A revista Galileu lançou uma matéria interessante sobre o Mito da Eterna Juventude onde indica que técnicas rejuvenescedoras não funcionam e podem ser prejudiciais à saúde.  Ainda: “Não se iluda. A sonhada fórmula do prolongamento da vida e da juventude não está dentro de nenhuma cápsula de vitamina ou hormônio. Não pode ser alcançada por meio das modernas técnicas cirúrgicas disponíveis atualmente, ou da engenharia genética.”

Os deuses gregos  não envelheciam. Eram fortes, poderosos e belos. Provavelmente por causa de nossa cultura ocidentalizada a gente tenha verdadeiro pavor da velhice. Aqui os idosos não são tão respeitados quanto deveriam, infelizmente. Coisas como sabedoria e experiência são deixadas de lado em nome da urgente necessidade de eu parecer ser alguma coisa ou alguém que não sou.

Todo mundo correndo atrás do corpo perfeito. Perfeito a partir de uma regra ou de um padrão estabelecido pelo mundo da moda, dos dominadores do poder, da mídia.  Como fôssemos gado, uma massa modelada por um grande trator, que nos torna, a todos, iguais, sem respeitar que somos essencialmente diferentes uns dos outros e que é justamente aí que reside a beleza das pessoas.

Todo mundo loiro, magro, ‘bundudo’, ‘pernudo’, ‘ peitudo’. Cabelos esticados e pintados. A mesma roupa: calça jeans ligadinha. Saltos altos, de preferência. Rugas? Botóx! Gordurinha localizada? Lipo! Barrigão? Cirurgia plástica, por favor!

E a gente vê morrer um monte de gente que a gente ama. Morrer por que era morena e agora é loira. Por que era legal e agora a gente não consegue identificar se o sorriso é sincero e se a expressão do rosto é natural ou modelada pela toxina de vaca que foi injetada em seus lábios.

A gente não vê mais aquela que amávamos porque não resistiu ao procedimento invasivo que foi o estilete em sua pele, em sua carne e nas camadas mais profundas de nosso coração.

 

 

 

 

 

 

Preconceito

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 “Me perdoem se for preconceito, mas essas médicas cubanas têm uma cara de empregada doméstica”.

Este foi o infeliz comentário de uma jornalista brasileira no seu perfil no Facebook.

Na mesma postagem, ela questiona o profissionalismo dos médicos que vieram do exterior trabalhar aqui, comentando que “Médico, geralmente, tem postura, tem cara de médico, se impõe a partir da aparência”.

Esse texto acima teve grande repercussão em todo o Brasil, vinda de gente que teve vergonha da fala preconceituosa daquela jornalista.

Seu comportamento é típico de gente que se importa muito com a aparência. Que privilegia o ter acima do ser. Por isso a afirmação de que “médico tem postura, tem cara de médico. Se impõe a partir da aparência”.

Com todo respeito à cara jornalista e já acatando seu pedido de desculpas, pois devemos perdoar a todos, vale a pena pensar um pouco sobre seu ponto de vista, para que a gente evite seguir o mesmo pensamento, inadvertidamente.

A primeira pergunta que fazemos é: como é mesmo que deve ser a cara de um médico?

Como deve ser a cara e o jeito de um ser humano?

Quem mesmo ditou o padrão de como devemos ser? De como deve ser minha postura?

Será que a imagem que eu vejo no espelho é a mesma que vejo na revista?

Quem deve determinar o padrão de beleza que devo ter diante dos homens?

Qual mesmo deve ser minha postura para que eu possa provar que sou uma pessoa digna e que cumpro minhas responsabilidades pessoais e profissionais?

O fato de eu ser uma empregada doméstica me diminui como ser humano ou sou constituída do mesmo material que um médico, que uma jornalista ou que qualquer outra pessoa humana?

Somos todos pó ou o fato de se ter uma profissão com nível superior me faz estar acima dos outros homens e mulheres que pisam o mesmo chão que eu?

Todas essas são perguntas que devem nos levar a reflexão sobre nosso lugar no mundo. Sobre o pensamento equivocado de que ter bens de consumo me faça melhor do que os outros.

Parece que a fala preconceituosa da jornalista retrata um pouco do que sinto quando sorrio de gente que pensa diferente de mim, e que maltrato ou desrespeito por não pensar como penso.

Compactuo com o pensamento preconceituoso da jornalista quando sou tentada a tratar alguém melhor só por causa de suas roupas de grife enquanto trato pessoas pobres da pior forma possível.

Concordo com a jornalista quando sou deselegante com negros ou faço piadas de mau gosto com meus irmãos afrodescendentes.

Concordo com a infeliz jornalista quando humilho pessoas que não conhecem o português formal, aquele da gramática, e os desrespeito com minha risada arrogante de quem pensa que sabe mais e, logo, está acima dos outros.

Sou preconceituosa quando não consigo respeitar e amar todas as pessoas, independente de sua crença, cor, origem, status social.

Sou feia e preconceituosa quando não compreendo que o Cristo de Deus amou e andou com pessoas da mais inexpressiva condição social de sua época.

Ele curou e amou pessoas que talvez eu e você jamais conseguíssemos sequer chegar junto.

Foi com o pensamento de nivelar a todos num alto padrão, que Hitler matou mais de quatro milhões de judeus e o mundo inteiro ainda sente vergonha de ter experimentado uma história de extrema intolerância e desamor como aquela.

É urgente que repensemos nosso ponto de vista como seres humanos moradores do mesmo planeta e nos desfaçamos de nossa intolerância e preconceito a tal ponto que consigamos criar um canto de amor, humildade e paz ao lado de todos os outros seres humanos.

Que minha roupa e minha aparência não sejam mais importantes que eu.

Que nossas diferenças sejam respeitadas assim como respeitamos os demais.

Que sejamos perdoados em nossas dívidas e em nosso equívoco de nos acharmos melhores que os outros.

Que possamos perdoar o pensamento equivocado da jornalista que sofre, também ela, em sua própria pele, nossa intolerância por ela não ter sido politicamente correta em seus comentários.

Que amemos uns aos outros assim como Deus nos amou.

Transitoriedade da vida

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Freud e dois amigos caminhavam num dia de verão, no campo… O  cenário à volta era um acalorado dia de sol, um momento alegre e cheio de beleza. Havia flores e paz.

Contudo, um dos amigos não via naquilo qualquer valor, pois ele sabia que aquilo tudo não sobreviveria, não resistiria ao inverno denso e congelado das terras europeias.

As flores nascem, nutrem a alma, alegram nosso coração, nos deixam felizes e morrem.

“Tudo passa, tudo sempre passará” é o que diz a letra de uma música bastante conhecida aqui no Brasil.

Ficar abraçadinho, com a pessoa querida, em momentos de frio é bom; mas chega a dar pena, pois esse momento vai passar. Como passa o dia de alegria, como nossos filhos crescem e perdem a infância tão rapidamente e como nossos amados se vão. A vida é efêmera, é transitória, é passageira.  Tudo passa.

O que ontem lhe trazia alegria, hoje é somente uma vaga e distante lembrança em sua memória.

Como bom pesquisador da alma humana, Freud afirmava que o fato de a alegria e a beleza serem passageiras, elas não perdem seu valor. Elas ainda valem para alegrar nossa alma, para nutrir nosso coração. “Uma flor dura apenas uma noite. Nem por isso nos parece menos bela”, dizia.

A beleza, a arte, a alegria, o que nos faz sorrir, tem seu valor, embora possam ser passageiros.

Se a vida passa, o conselho dos antigos e da sabedoria seria: aproveite cada minuto como se fosse o último. Colha o seu dia, aproveite o tempo. “Carpe diem” é a ordem. Faça algo para o bem comum ou incline seu coração para aproveitar cada detalhe do que é bom e se fortalecer para o dia mal, caso ele chegue.

A orientação do livro de Eclesiastes (Eclesiastes 9:7-10) é: “…vá, coma com prazer a sua comida e beba o seu vinho de coração alegre, pois Deus já se agradou do que você faz. Esteja sempre vestido com roupas de festa, e unja sempre a sua cabeça com óleo (símbolo de alegria). Desfrute a vida com a mulher a quem você ama, todos os dias desta vida sem sentido que Deus dá a você debaixo do sol! Pois essa é a sua recompensa na vida pelo seu árduo trabalho debaixo do sol. O que as suas mãos tiverem que fazer, que o façam com toda a sua força, pois na sepultura, para onde você vai, não há atividade nem planejamento, não há conhecimento nem sabedoria.”

E se os dias aqui são realmente congelados e frios, se chegam a lhe desanimar, sugiro que fique com a perspectiva do céu, das promessas do Senhor Deus, com o coração contrito como o do autor da música Exilado, que está na Harpa Cristã:

“Da linda pátria estou bem longe;

Cansado estou;

Eu tenho de Jesus saudade,

Oh, quando é que eu vou?

Passarinhos, belas flores,

Querem m’encantar;

São vãos terrestres esplendores,

Mas contemplo o meu lar.

Jesus me deu a Sua promessa;

Me vem buscar;

Meu coração está com pressa,

Eu quero já voar.

Meus pecados foram muitos,

Mui culpado sou;

Porém, Seu sangue põe-me limpo;

Eu para pátria vou.

Qual filho de seu lar saudoso,

Eu quero ir;

Qual passarinho para o ninho,

Pra os braços Seus fugir;

É fiel – Sua vinda é certa,

Quando… Eu não sei.

Mas Ele manda estar alerta;

Do exílio voltarei.

Sua vinda, aguardo eu cantando;

Meu lar no céu;

Seus passos hei de ouvir soando

Além do escuro véu.

Passarinhos, belas flores,

Querem m’encantar;

São vãos terrestres esplendores,

Mas contemplo o meu lar.

O olhar para cima, para frente. O olhar confiante de quem deu um passo além de si mesmo e da sua vida passageira para se permitir desfrutar a transcendência, o divino, o que está para além de nós, acima de nós. E que é nossa esperança.

A ideia bíblica, neste contexto, é que “Seca-se a erva, murcha-se a flor, mas a Palavra do Senhor subsiste eternamente”.

 

PATERNIDADE

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Nesses últimos tempos em que há uma significativa mudança na estrutura familiar e uma nova reconfiguração quanto ao papel dos homens e das mulheres na sociedade, vale a pena repensar o papel do pai numa sociedade tão cheia de conflitos e problemas, mas também cheia de oportunidades e possibilidades.

Agora os pais não mais podem ser reconhecer como únicos provedores da casa, já que a mãe também precisa trabalhar para ajudar na renda familiar. O papel do homem no lar vem sido questionado e reconstruído, devido às novas demandas.

Com essa nova configuração, os pais assumem coisas que raramente víamos pais fazerem como trocar as fraldinhas sujas, envolverem-se com os passeios infantis, com a rotina diária de um jeito muito mais frequente e próximo que em outras épocas.

É muito comum pais “engravidarem” juntamente com suas esposas.

Há pais que vivem a gestação de um jeito tão intenso e sensível que ficam atentos a qualquer movimento da barriguinha da mãe, que sofrem as dores do parto junto com as esposas (claro que só psicologicamente) e há pais até que desmaiam em salas de parto, quanto há pouco tempo atrás tinham-se julgado tão fortes a ponto de desejarem fotografar ou filmar aquele momento.

Sei de pais que sabem cuidar melhor de suas crianças que as próprias mães, embora seja mais natural que a mulher tenha maior habilidade para lidar com a maternagem, que é o cuidado com os pequeninos.

Vale lembrar que quando nasce uma criança, nascem também um pai e uma mãe. E o desenvolvimento da capacidade de ser pai é algo realmente bonito de se ver. Hoje em dia os pais não são tão desajeitados como os de antigamente. Já perceberam isso?

Já viram um pai com o seu bebê no colo? Normalmente ele põe o corpo do bebê voltado para fora de si, para o mundo.

Isso significa dizer que se a mãe volta o bebê para si mesma, quando tem o bebê no colo, o pai, ao voltar o bebê para fora, para o mundo, permite que o bebê se desenvolva.

Seria mais ou menos assim: a mãe envolve. O pai, desenvolve. O pai, segurando o bebê dessa forma, permite que o pequenino tenha um contato maior e direto com as coisas e com a vida. Permite que seu aprendizado seja maior já que ele vê e percebe mais coisas do que se estivesse apenas voltado para a mãe.

No fundo, o pai parece ter mais coragem de entregar seu filhote ao mundo do que a mamãe.

É muito importante o pai se comunicar com o bebê ainda na barriga da mamãe.

Há experiências que apontam que crianças de alto risco reagem bem aos tratamentos médicos no hospital quando ouvem a voz de seus pais, como se os reconhecessem. Como se se lembrassem daquela voz amorosa de um pai presente.

Na consciência ainda remota e primitiva do bebê, parece que ele consegue reconhece a voz do pai e da mãe. Então, se for possível, converse com o seu bebê… Fale com ele.

Quero compartilhar com você a letra da música de nome Dezoito, composta por Gerson Borges, Isaías de Oliveira e Tom Ferro, que trata da experiência paterna:

“Inda outro dia era criança / De se pegar no colo / Junto ao coração / E se soltar no solo, / Se lambrecar ao chão  /Inda outro dia era menino / De se levar pra escola / Segurando a mão

Brincar de pipa e bola / Correr, rodar pião / E um pai que, de repente, vira irmão / Mas quando acordou um dia desses / Preguiçosamente: /“Pai, que horas são?”

Me chocou a força  / De como o tempo é vão / Inda era o mesmo, o meu menino / Pedindo a minha ajuda / Minha proteção / Não tanto como antes/ Agora ele cresceu / E trilha o seu caminho olhando o meu / Foi num piscar de olhos / E não havia mais brinquedos

Espalhados pela casa, pelo chão / Nem lápis, nem caderno / Nem desenho enigmático  / Nem papel de chocolate nem biscoito / Quando abri os olhos / Meu menino fez dezoito.”

O tempo passa. Passa tão rápido… e que bom é termos pais que conseguem desfrutar do desenvolvimento de seus filhos…

Que bom saber que uma das maiores referências que se tem de Deus é que Ele é pai. Pai bondoso, amoroso, presente, forte e bom.

Ser pai é isso. É experimentar uma das grandes dádivas da vida.

É saber que seus filhos, mesmo crescidos, precisarão de uma palavra firme, segura e acolhedora.

É saber que sua semente foi plantada na Terra, mas será necessário regar e trabalhar muito para que ela dê bons frutos.

É saber que ser responsável e ser presente tem sabor de gratificação e de realização pessoal.

É, de alguma forma, representar o Criador na Terra. E ser ao mesmo tempo frágil como homem e imenso como gerador de alegria e de vida.

Síndrome de Peter Pan

Síndrome de peter pan

Em 1983 o escritor Dr. Dan Kiley, lançou o livro intitulado A Síndrome de Peter Pan.

Apesar de ser conhecida como uma síndrome, não se trata de uma doença. Ela não aparece nos manuais de transtornos mentais como, por exemplo, no DSM IV.

Trata-se de uma propensão que alguns homens possuem de mesmo, na idade adulta, continuarem pensando e se comportando como meninos.

A síndrome de Peter Pan indica o homem que nunca cresce. O homem que não quer crescer. Ou melhor, cresce apenas fisicamente. Emocional e comportamentalmente ele é uma pessoa infantilizada, que não consegue levar a vida a sério.

Segundo Kiley, o indivíduo tende a “apresentar rasgos de irresponsabilidade, rebeldia, raiva, excessivo amor próprio, dependência dos outros (especialmente dos pais) e negação ao envelhecimento.”

Alexis Carrel, prêmio Nobel de Medicina, afirma que “vivemos hoje o drama de um desnível gritante entre o fabuloso progresso técnico e científico e a imaturidade quase infantil no que diz respeito aos sentimentos humanos.”

Frequentemente agimos com imaturidade diante dos limites da existência.

Você conhece algum trintão ou quarentão que ainda mora na casa dos pais? Ou aquele que não sai de debaixo de suas asas?

Conhece alguém que já passou por inúmeros casamentos e não consegue se comportar como casado que é, assumindo todas as responsabilidades inerentes a um adulto casado?

Conhece alguém que se recusa a envelhecer? Que se veste como um adolescente, que tem atitudes e pensamentos de adolescentes, tem vocabulários de adolescentes?

Conhece alguém que não consegue cortar o cordão umbilical e depende dos pais para tomar qualquer tipo de decisão, mesmo estando na idade adulta?

Nos EUA e em alguns outros países, os pais estimulam a saída dos filhos de casa, estimulando-os a serem independentes e a cuidarem de suas próprias vidas; enquanto nós aqui no Brasil insistimos em chamar nossos filhos adultos de ‘meu menino, minha criança”.

Mãos superprotetores, zelosas demais, também prejudicam filhos nesse sentindo, educando filhos inseguros, muito dependentes e pouco autoconfiantes.

Para tais pessoas enfrentar obstáculos e receber um ‘não’ torna-se algo extremamente difícil pois, em casa, eles não tiveram uma educação para a realidade da vida, cheia de dificuldades e muros a transpor.

Pais que evitam dizer ‘não’ aos seus filhos também fortalecem seu comportamento infantilizado. Toda criança tem um sentimento de onipotência e acredita que pode fazer todas as coias. Se os pais não tiverem segurança para orientarem a formação da criança, ela poderá ser um adulto sem noção de limites e sem condições de lidar com suas próprias dificuldades.

Pessoas assim, podem estar capacitadas para trabalhar mas são indivíduos, no falar de Rafael Liano, “truncados, incompletos, malformados, imaturos.”  Não possuem a responsabilidade da decisão.

São indivíduos que possuem dificuldade de amar pois amar requer uma certa maturidade, uma disposição para se doar, para até se sacrificar, a depender das circunstâncias. Um adulto infantil está sempre inclinado a receber, a ser bem cuidado, bem tratato. Ele não está apto a oferecer, a cuidar, a se doar.

Isso pode explicar porque tantos casamentos desfeitos, tantos adultos que se comportam de maneira incompatível com sua idade e que não conseguem se realizar no amor.

Ser eterna criança pode ser uma fuga e isso, definitivamente, não é saudável.

RAFAEL LIANO CIFUENTES, Editora Quadrante, São Paulo, 2003 – Livro A Maturidade.

KILEY, Dan : Síndrome de Peter Pan, Editora Melhoramentos, 1987.

Adoção

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Adotar é um ato de amor. É amor-ação, com deve ser o exercício de amar.

Uma ação que envolve toda a família e que aquece o coração de todos ao redor, pois cada vez que uma criança é acolhida é como se deixássemos o reino de Deus entrar em nossa casa. O próprio Cristo faz a representação de que deles, dos pequeninos, é o Reino dos Céus.

Toda criança tem o poder maravilhoso de nos provocar sorrisos, de nos fazer lembrar a nossa época, o nosso passado. Ver seu desenvolvimento é uma das graças que temos como adultos.

Aquele corpinho crescendo, as mãozinhas pequenas… As primeiras palavras… Há coisa melhor que isso, gente? É o milagre da vida! Isso tudo nos enche o coração de alegria.

E não importa se a criança tem nossos traços biológicos ou não. A doçura, a ternura, a sinceridade sem medo do pequenininho que está adiante de nós nos inspira, nos dá esperança para dias melhores.

Quero compartilhar hoje com vocês algumas ideias sobre adoção, inspirada pelo portal filhosadotivosdobrasil.com.br.:

“A primeira lógica é que tanto os que têm filhos biológicos quanto os que os têm por adoção geram, verdadeiramente, seus filhos. A inexistência dos laços genéticos não invalida as relações parentais.” Isso significa que o envolvimento afetivo pode ser muito mais forte e significativo – e quase sempre o é – do que as marcas da biologia em nós. Quem tem filhos adotivos sabe bem disso.

“No seu sentido mais profundamente existencial, o filho adotivo surge como um agente de realização e de prazer, mesmo quando sua trajetória é tumultuada e difícil.” Neles, nos adotivos, nós podemos nos realizar como pais e mães completos.

O velho preconceito de que o filho adotivo nos trará problemas sérios no futuro cai por terra diante da lógica de que tudo de bom ou de ruim que pode acontecer ao futuro do filho adotivo também pode acontecer com o filho biológico. Nesses casos, a criação e a educação dos pais afetivos  conta muito e faz muita diferença.

Pais de filhos adotivos devem agir com o mesmo amor, a mesma segurança e disciplina, que teriam com filhos biológicos, orientando-os sobre o caminho a seguir.

“Procriar é uma condição dada pela natureza; criar é uma responsabilidade ética entre os homens. Procriar é um momento; criar é um processo. Procriar é fisiológico; criar é afetivo.”

Criar envolve amor, noites perdidas, cuidado amplo e incondicional. Benditos aqueles que cuidam e que criam.

É importante que a criança seja encaminhada para se sentir sujeito ativo na relação com a família. Desenvolver a ideia de que ela, a criança adotiva, também nos adotou, também nos aceitou e nos ama, vale para dar ao pequeno o sentimento de que ele também é participante desse processo de ser na vida, de se relacionar com os outros. Ela também é sujeito ativo, a criança também é um ser humano com vontades, desejos e capacidade de realizá-los.

Gosto da premissa de que “Todos os filhos são biológicos e todos os filhos são adotivos. Biológicos, porque essa é a única maneira de existirmos concreta e objetivamente; adotivos, porque é a única forma de sermos verdadeiramente filhos.” Fica a dica.

Devemos dizer a verdade. Aos poucos, ainda que a criança pareça não entender ainda as palavras.  Com respeito, com bom senso, sem mentiras ou fantasias sobre o assunto. Toda pessoa humana tem o direito de saber a verdade sobre sua origem.  A verdade será boa se ela vier com afeto, com amor. Se ele souber da verdade pela boca de terceiros ele poderá se sentir traído ou envergonhado.

As palavras “adoção”, “adotado”, “adotivo” devem ser frequentes e positivamente faladas dentro de casa. Não devemos ter medo delas e a criança, mais cedo ou mais tarde, certamente ouvirá comentários sobre o assunto. É bom que já estejam familiarizadas com o tema.

Ter filhos é uma dádiva de Deus. Filhos são filhos e merecem nosso amor confiante e seguro. Sempre.

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E para os namorados…

EnsaioIeda (35)Dia 12 de junho é o famoso dia dos namorados.

Quero questionar hoje alguns pontos que considero importantes em nossos relacionamentos interpessoais, em nosso contato com o outro.

A primeira coisa que quero pontuar é nosso jeito de tentar concretizar nosso amor com coisas e presentes, indo com a multidão, sem pensar muito em nossas ações cotidianas. Essas que fazem, de fato, valer ou não a vida ao lado do outro.

Todo mundo correndo para comprar aquilo que a gente deduz que poderá impressionar o nosso ou a nossa parceira.

Na urgência de comprar coisas, quase nos esquecemos de que o essencial ainda está no que eu sou, no que posso oferecer e contribuir para a qualidade de meu convívio com o outro.

Coisas quebram, ficam velhas, perdem o prazo de validade.

Presentes embrulhados em lindos papéis se vão com o tempo e raramente são lembrados depois de algum tempo.

O que tenho e posso lhe oferecer também quase sempre se dilui com a primeira chuva, depois do segundo tempo… Perde o significado logo ali, assim que a gente dobra a esquina da vida.

O que eu sou, não. O que eu sou e a impressão que posso causar em você, as marcas que posso fincar em seu coração com ações, palavras, com meu próprio comportamento, certamente permanecem para sempre.

Por isso insisto que embora seja emocionante marcar um dia especial para dar algo que tente materializar o amor de alguma forma, por mais incrível que seja, não vai minimizar a importância do que fui ou sou para meu par.

Então a minha proposta para o dia dos namorados começa assim:

  1. Que você se goste e se respeite tanto que consiga ser para o outro tão especial e leve quanto é para si mesmo.
  2. Que haja sorriso sincero diante da vida e muita coragem para recomeçar tudo de novo caso não dê certo a opção que escolhi para seguir;
  3. Que a bondade esteja por perto e que na minha mala de viagem, dessa grande viagem da vida, haja claridade, alegria. Para você mesmo e para o outro.
  4. Que, quanto for possível, você cultive o amor e o desejo de servir ao outro. Dentro da relação, quanto mais houver capacidade de dar um passo além de si mesmo e de seu próprio benefício, mais prazeroso será para seu companheiro estar ao seu lado;
  5. Que você entre e permaneça na relação com a mala cheia de cores, sabores, perfumes e sons do bem, para o bem. Não é fácil conviver com alguém que espere ser servido o tempo todo e nunca se lembre de que a relação é uma via de mão dupla. Se um lado da rua estiver interditado, não terá a menor graça explorar um só caminho.
  6. Que isso tudo, a doação, o sorriso e o amor sincero se tornem tão habituais que não seja necessário criar regras. Viver é simples. A gente é que de vez em quando complica os passos.
  7. Que se um dia, por algum motivo, você precisar sair da relação, que seja com dignidade e com aquele sentimento bom de quem foi e se deu ao máximo para que a relação valesse a pena.
  8. Que independente do que acontecer, você mantenha sua própria dignidade. Sendo a mesma pessoa do bem, do amor e que escolhe as melhores flores da vida para você mesmo e para quem estiver desfrutando de sua presença.
  9. Que, como diria o Quintana, você se lembre de cuidar de seu próprio jardim para que ele seja um lugar agradável onde a gente possa estar. Independente do tipo de relacionamento que você tenha com o outro.

Dia de quem se enamora devia ser todo dia e devia ser um tempo para sempre despido de competições e recheado de amor, do mais puro amor.

 

 

Congresso Estadual de Profissionais do CREA – BA

Acontece hoje, dia 21.05.2013, às 18:30 horas, promovido pelo  Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Bahia – CREA-BA,  Evento Microrregional da Inspetoria de Jequié.

O Evento será realizado no auditório Lenda – UESB, ocasião oportuna para a participação dos profissionais do sistema Confea/CREA da região.

 Agradecemos antecipadamente a sua participação informando que os textos referenciais completos encontram-se à disposição na página do CONFEA (www.confea.org.br) e do CREA-BA (www.creaba.org.br).
Demais esclarecimentos poderão ser obtidos através da Secretaria da Comissão Organizadora Estadual – COR, Srta. Mirailda Bastos, fone: (71) 3453-8904 fax: (71) 3453-8806 ou e-mail: cep@creaba.org.br, nos colocando à disposição.