Primeiro Encontro do Coro Infanto Juvenil de Jequé

Gente!

Dia 31 de outubro, quarta-feira, às 18:00 horas, nos encontraremos na Escola de Música Vycaia, defronte ao Jequié Tenis Clube, com crianças de cinco a dezesseis anos para iniciar as atividades do Coro.

Teremos uma rápida seleção e muito trabalho (prazer) pela frente.

Espero você por lá!

Foto: Apresentação do musical Barquinho Azul em 2007.
Foi e-mo-cio-nan-te!

Coro Infanto Juvenil – Natal 2007


Sempre tive vontade de fazer um trabalho voluntário que contemplasse o maior número de crianças possível.

Depois de vinte anos de experiência com Musicalização Infantil, trabalhando com percepção musical, coordenação motora, iniciação musical, ritmo, dando ênfase em itens como socialização e trabalhando no sentido de ajudar crianças tímidas a utilizarem palco, utilizarem microfones e se apresentarem em público, tive a idéia de formar um Coro Infanto-Juvenil nesta cidade.

A partir do dia 31 de outubro realizaremos, portanto, um novo projeto para o Natal do ano de 2007, aqui em Jequié – BA.

Sua culminância será a apresentação em lugares fechados, com grande movimentação pública como supermercados, bancos, Centros de Cultura, Igrejas dentre outros.

Temos pouco tempo para ensaios e já começamos a selecionar e inscrever crianças de cinco até dezesseis anos para participarem desse novo trabalho.

Durante toda a minha vida cantei em coros infantis, em vários coros para jovens e fui regente de coros de todas as faixas etárias. Esta larga experiência me permite entender que não há nada mais prazeroso do que ver crianças pequenas articularem bem as palavras e de forma melodiosa. A harmonia que elas conseguem produzir, se bem trabalhadas, é algo realmente espetacular e emocionante.

Fiz vários cursos de Musicalização Infantil, Percepção e Teoria Musical, Regência e Canto. Além disso trabalhei toda a minha vida nessa área de Música.

Sou Pedagoga formada pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Licenciada em Ciências pela mesma instituição, Especialista em Planejamento Educacional e em Metodologia do Ensino Superior. Sou também Psicanalista em formação.

As vagas, para este projeto do Natal de 2007 são limitadas e as pessoas interessadas deverão entrar em contato comigo através de meu e-mail pessoal.

Obs.: A primeira foto é de uma solista de quatro anos de idade, componente do coro.
As outras são da apresentação da Cantata Barquinho Azul, na Igreja Batista Sião, em 21.10.2007.
Foi muito lindo!
Detalhe para os coristas do fundo: ex-coristas que apresentaram em 2007 o mesmo musical. Eles foram convidados de surpresa… subiram emocionados para cantar. São eles: Miga, Larissa, Éder, Franc e Sheyla. Agora já estão maiores e mataram a saudade em alto estilo. Rs.

Dieta Mediterrânea


“En España se vive más y con mejor salud” é notícia hoje no El Pais.

Eles atribuem isso à dieta mediterrânea.

Já que Joe, meu namorado, fica horas nos supermercados verificando azeites, azeitonas, queijos, nozes… e identificando tudo o que vem do Mediterrâneo, dedico-lhe este post.

Só tem um detalhe, meu caro: “Llevar una vida basada en una dieta sana, ejercicio diario y hábitos saludables sigue siendo el “factor determinante” a la hora de asegurar “una vida más larga y de mejor calidad”.”

Entendeu?

Identidade Cultural x Preconceito


Descobriram que seu sobrenome era Canibá. E ele fora chamado pela coordenação do curso de Alfabetização Solidária (acredite!), do qual participaria por quinze dias, para prestar os seguintes esclarecimentos:

1. Você já se socializou?
2. Você seria capaz de atacar um de nós?
3. Seu pai e sua mãe, como são?
4. Como é sua convivência com os outros de sua tribo?

E o pobre Canibá foi tranqüilamente, embora ofendido e constrangido, respondendo a cada uma das perguntas dos professores do Departamento de Ciências Humanas de uma universidade daqui de nossa região.

Enquanto ele ia me contando esse fato eu ia ficando estarrecida. Como assim? Um grupo de professores de uma universidade? Pessoas do Departamento de Ciências Humanas? Como pode uma instituição acadêmica agir com tamanho preconceito? Ainda não entendi.

Canibá teria passado o maior constrangimento de sua vida dentro da academia.

Aquele não seria o único, mas ao meu ver, o pior.

Gente comum, dita ignorante, cometer tamanho preconceito com um índio já é inadmissível. Ser interpelado, porém, por um grupo de professores de nível superior, dotados da tola arrogância de pertencer à civilidade deve ser sido algo digno de nota. Tanto que o Canibá usou esse exemplo para me provar quanto preconceito sofre.

Eu me lembrei, enquanto ele contava a sua história, da seguinte pergunta: “se um canibal começasse a comer de garfo e faca ele seria considerado civilizado?” Até hoje eu havia guardado esta frase para criticar as regrinhas de etiquetas que querem empurrar em nós goela abaixo. E só agora percebi quanta indelicadeza ela guarda ao comparar costumes de tribos diferentes.

Se a comparação é rasa a tendência é tecer comentários horrendos sobre o que não se conhece direito ou sobre o que se tem medo.

Não estou defendendo práticas de antropofagia. Estou criticando a desumanidade e a perversidade com que tratamos pessoas em nome de nossos questionáveis valores.

E o que conhecemos dos índios atualmente, de um modo geral, além da triste e equivocada idéia de que eles não têm cultura e de que são “primitivos”?

O sábio pai do Canibá teria retirado o “L” final do sobrenome dos filhos pois o que ele sofrera de preconceitos já teria sido o suficiente para forçá-lo a proteger seus filhos da intolerância e do preconceito das pessoas.

Ainda assim, por toda a vida, Canibá teria, como grande índio, sangue puro, de responder gentilmente: “se estou aqui nesta cidade há tanto tempo e não ataquei ninguém ainda é porque não vou mutilar vocês. Fiquem tranqüilos.”

Guardei essas palavras daquele gentil rapaz no coração para tentar me fazer mais humana.

Que eu nunca fale coisas desse tipo a ninguém.

Que eu nunca julgue as pessoas com minha suposta bondade.

Que eu seja gente igual a meu amigo Canibá.

(Canibá é Técnico, cidadão respeitoso, inteligente e educado, embora tenha acolhido nossa cultura, vestindo-se como nós e não conheça nenhuma língua indígena. Neto de índio Canibal, filho de um pai zeloso e bom, Canibá é uma pessoa com quem a gente cresce por estar junto).

Injustiça

Enquanto a gente vai vendo um evangelho (com letra minúscula!) gospel se multiplicando, tantas heresias, tanto charlatanismo em nome de um deus que eu não conheço e enquanto a gente se rende a um consumismo perverso e a um capitalismo cruel que cada vez mais empobrece mais gente, eu fico encolhida no meu cantinho… o que fazer?!
Eu não posso aceitar tanta farsa!