Projetos Sociais – Catadores e Lavadeiras.

Há um ano e meio estive envolvida voluntariamente num projeto de uma ONG – Organização Não Governamental – PANGEA. Com apoio da Prefeitura Municipal de Jequié, do Governo Federal e da Petrobrás, trabalhamos com a capacitação de catadores de material reciclável.

A turma do Pangea – uma administradora de cooperativas, uma assistente social e um psicólogo social – trabalhou desde o início cadastrando nomes dos catadores desta cidade. Tiveram um enorme trabalho de integrá-los aos programas sociais, inclusive para providenciar documentos como registro de nascimento e carteira de identidade que a maioria não possuía.

O objetivo maior era unificar as duas cooperativas que existiam aqui. Essas organizações eram enfraquecidas por estarem desunidas e, além disso, sofriam a ação dos famosos “atravessadores”, que compravam de suas mãos todo o material reciclável recolhido por um precinho muito menor do que o valor que as indústrias costumam oferecer.

Uma das grandes batalhas foi capacitar os catadores a gerirem seu próprio negócio e organizarem sua própria cooperativa que, fortalecida pela união das duas cooperativas anteriores e pela força do trabalho conjunto, além do apoio das entidades acima mencionadas, iriam adiante com a autonomia necessária para serem mais tarde uma empresa respeitável no seu campo de atuação.

Eu entrei nesta fase de capacitação e foi um trabalho sobremaneira importante para minha vida acadêmica e para ampliar minha visão acerca da educação popular.

Eu tenho muito para falar sobre este trabalho com os catadores, mas deixarei para outro momento.

Hoje eu ganhei o dia!

Ane – minha colega-amiga – como sempre, Ane! Falou um pouco no msg comigo e convidou-me a participar, lá em Ipiaú – Ba, num projeto de resgate de identidades com as lavadeiras de roupa do Rio das Contas.

Foi rápido o nosso contato, mas ela me falou algo sobre resgate das cantigas das lavadeiras naquela região, identidade, lugar e não-lugar. Gosto muito das questões de gênero. Mas não contava em poder trabalhar com tanta coisa boa ao mesmo tempo: mulheres, música genuinamente popular, educação, projeto social… Resgate de identidade! Hum… Que delícia!

Quer saber? Imediatamente eu disse: sim!

Quero muito poder trabalhar com aquelas mulheres e já comecei a estudar.

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